Pensamentos loucos III

"Acho que há tantos ou ainda mais loucos, cá fora, do que há internados!!!"

Pensamentos loucos II

"Se o meu chefe fosse mulher não seria mais sexy do que é hoje!!! (ou, seria tão pouco sexy como é hoje!!!)"

Pensamentos loucos I

"Desde ontem que a Páscoa virou uma Senhora Coelho."

Chicas e Sanatorius

(o argumento que Hitchcock nunca escreveu, o casting que David Lynch nunca fez, o filme que Almodóvar nunca realizou)

Chovia a cântaros e logo no dia em que Kika, Magdalena e Igdalina, nome espanhol de Francisca, Madalena e Idalina, respectivamente, podem almoçar fora da instituição.
Igdalina lembrou-se de um restaurante , sugerido por um amigo, marido de uma amiga, internado noutro bloco de Loures - "Acho que tem duas estrelas michelin!"
Kika, bulímica desde que nasceu, adorou a sugestão - "O vómito fica com um odor mais chique!"
Magdalena encolhe os ombros e pensa: "Gente doida!"
"Quinta da Charrua" é esse o nome - grita excitada Igdalina.
Saíram de Bucelas e seguiram por Mulholand Drive (Califórnia). Kika e Magdalena íam em silêncio, não se via a estrada e ao longe um ou outro relâmpago.
"Acho que é aqui..." - pensou Igdalina.
Têm que sair da estrada principal e entram numa secundária de terra batida.
Uma tabuleta com o nome "Quinta da Charrua" abana violentamente com a tempestade.
Ao longe uma casa, outrora uma mansão, parece abandonada pelo tempo...
Mas não... vê-se uma silhueta do que parece ser uma velha mulher com o cabelo apanhado!
"Mau cabeleireiro, uns rolos ficaria melhor." - pensa Magdalena.
Viram à direita, o restaurante é num anexo semelhante a um motel e não nessa casa.
Perto da entrada, dois baloiços deslocam-se como se duas crianças estivessem a andar neles e ouvem-se risos e choros infantis...
À porta um homem: olhar de "cereal Killer" (soubemos mais tarde que foi trabalhador rural e andava na apanha da aveia, trigo, centeio e girassol), cabelo oleoso colado à testa (um misto de Toni and Guy e Facto Lab - cabeleireiros no Chiado), não tinha dois dentes na frente-lateral esquerda - "Talvez um membro do Fight Club!", pensou Kika que tinha aderido à pouco também a esse grupo. Repararam mais tarde que o homem, que devia ter entre 25-55 anos, arrastava uma perna.
"Conheço esta cara de algum lado..." - pensa Kika, uma verdadeira dependente de terapias de grupo, nos últimos meses ocupa a sua semana em grupos como: AA (acidentados anónimos) à 2.ª-feira, GD (Gojo dependentes - Gojo: líquido desinfectante de uso obrigatório no bloco principal) à 3.ª-feira, BP (budistas portugueses) à 4.ª-feira, FI (facebook independentes - pessoas a quem o acesso ao "livro das caras" foi retirado, mas que não sofreram com a perda) à 5.ª-feira, MD (Melissa dependentes - Melissa: marca de sapatos em borracha) à 6.ª-feira. "Será do Bloco de Loures? Do Júlio de Matos? Do Miguel Bombarda?"
Lembrou-se de uma imagem que tinha visto à tempo no jornal.
"Já sei, é o esboço que Jane Tuner descreveu à PJ do raptor de Maddie!" - afirma histérica Kika virando-se para as suas colegas de tratamento.
"Oh não, lá vem ela com mais Maddiologia!" - queixa-se Magdalena.
Entram a medo naquele restaurante. No ar um cheiro a talho (ou a sangue) lembrou as aulas de medicina legal de Magdalena, aspirante a advogada, se não tivesse enlouquecido durante o estágio.
O empregado trouxe-lhes, sem deixar cair, pão de aspecto caseiro e manteigas. A "decorar" a mesa um jarro com flores de plástico e pó.
De vez em quando as chicas desviavam-se das moscas que pareciam estar domesticadas para atacar clientes. O pão estava duro, talvez tivesse sido feito no dia em que o último cliente ali esteve (e não saiu)...
Começam a entrar "pessoas" que mais fazem lembrar aqueles mercados, num planeta da StarWars. Igdalina de certeza que pensou que tudo aquilo "não estava de acordo com a sua condição", frase usada por si até à exaustão, quando estava em estado catatónico ou em overdose de Xanax.
Cordas com "nó de enforcado" pendem das traves de madeira.
Comem o mais rapidamente possivel, não sabem o quê...
Empurram Kika para que esta pague, pois como anda com lapsos de memória, provavelmente esquecerá a dívida.
Ultrapassam uma barreira de lama que se juntou à volta do carro.
Igdalina verificou que tinha estacionado em cima de areias movediças.
Atiram-se para dentro do carro, voltam a apanhar Mulholand Drive e depois Bucelas Road. Desta vez não batem em qualquer carro que surja em sentido contrário. Acham...
Já na instituição e em estado de choque são abordadas por Gustavo à saida do elevador. Este pergunta "Almoçaram bem?" - frase sugerida numa terapia de grupo a este doente na tentativa de curar a sua fobia a "encontros para os quais não foi convidado, mas que gostaria de ter sido, não fosse a sua timidez e falta de coragem para insinuar a sua presença num simples almoço". (Uff! Há doenças com nomes muito compridos.)

As coisas boas, perdão, as únicas coisas boas do escritório onde trabalhamos...

"France Telecom: já se suicidaram 24 trabalhadores"
Para evitar este desespero convêm que cada trabalhador faça a sua própria lista, aqui vai a nossa:
- Ganhar algum dinheiro;
- Ganhar experiência em lidar com gente "doida", os chefes;
- Café de borla (e água e papel higiénico);
- Rebuçados de mentol com que somos presenteadas quase diariamente pelo Dr. J.G.;
- Internet grátis;

- Acesso ao Facebook durante um mês, o que nos permitiu aderir e coscuvilhar a vida de amigos, inimigos, conhecidos e desconhecidos;
- Gojo (desinfectante para as mãos instalado no escritório por causa da Gripe A);
- Permitiu-nos um período Lour-curas levando-nos a conhecer pessoas interessantes no sanatório;
- A ausência de interesse do trabalho realizado levou-nos a criar um blog para "descarregar" a nossa criatividade;
Se nem um item tiver na sua lista, então suicide-se ou, antes disso, tente mudar de emprego!!!

Sanatório após eleições

Socas, Nélita, Loucinhas, Jójó e Portinhas ouviam-se ao fundo do corredor a gritarem uns com os outros:
- Quem ganhou fui eu - gritava Socas.
- Então e o que perdeste, não te interessa? - contrapunha Nélita furiosa.
- Vocês calem-se lá, suas bichas histéricas - gritava Portinhas - aqui o grande vencedor fui eu...
- Não querias mais nada...- irritou-se o Loucinhas.
- Tu nem figura de gente tens, oh, caixa de óculos! - respondeu Jójó a Loucinhas.
Joaquim Marinho olhou para os novos doentes do Sanatório, depois olhou para Idalina, Francisca e Madalena que estavam junto a ele e comentou:
- Destes não trato eu, prefiro ir arranjar o ar condicionado do Adriano Castelo - e desandou.
Adriano Castelo apareceu entretanto e, ainda ouvindo Joaquim, disse passando com um lenço pela testa suada:
- Até que enfim, oh Joaquim, está um calor que não se pode!!! - Adriano passou outra vez o lenço pela testa e pela cabeça calva - oh meninas, eu não posso chegar à reunião neste estado!!!
As "meninas" ficaram a pensar se tanto calor a mais seria mesmo culpa da falha do ar condicionado ou do peso um pouco avantajado de Adriano.
Socas, Nélita, Loucinhas, Jójó e Portinhas foram-se aproximando das três, Nélita dava saltinhos tentando chegar à altura de Socas, enquanto com o dedo espetado ia gritando:
- Se pensas que me ganhaste estás muito enganado! Chegou a hora da verdade!
Socas sorria ignorando-a e, olhando à volta com o polegar para cima, ia dizendo:
- Porreiro pá!!!
Loucinhas e Jójó discutiam entre si:
- Justiça para quem trabalhou, trabalho para quem precisa - gritava sisudo Loucinhas
- O que é preciso não é trabalho, é uma vida melhor!
Portinhas sorriu para as três, Francisca olhou para ele com ar enamorado como se dos seus olhos saíssem corações, Portinhas fez um sorriso ainda mais alegre e, piscando-lhe um olho, disse:
- Não basta pensar...
Idalina comentou:
- Ele deu-me um sorriso.
Francisca deu-lhe um grito:
- O sorriso era para mim, ou queres o mesmo que eu outra vez?!!!
Idalina pôs um ar sisudo, baixou a cabeça tapando metade da cara com a sua franja comprida e pensou: "Qualquer dia mato-a!!!"

Novas tecnologias

Tenho a voz de uma "gaija" que eu não conheço de lado nenhum todos os dias a falar comigo em casa, será que a devo convidar para ser minha amiga no Facebook?!!!

Não, ainda não fui internada no Sanatório, se calhar não por falta de sintomas, é que esta dita só me diz "Armado parcial"; "Desarmado, pronto para armar"; "Armado total, por favor saia agora!", confesso armas nunca vi, mas intimida qualquer desprevenido e, se o alarme tocar, ainda me aparecem outras vozes, estas não tão chatas por não serem tão repetitivas a pedirem uma data de informações, são "cães que não conhecem o dono", afinal sou eu que lhes pago para me telefonarem, obviamente estou a falar de um sistema de alarme.

Ah, já agora, ontem já passava da meia-noite quando adicionei um dos meus cunhados como meu amigo no Facebook, no dia a dia no trabalho só dizemos "olá", a vida social/familiar fica lá fora, mas ao menos nas novas tecnologias já re-afirmámos que além de cunhados e compadres, (ele é padrinho de um dos meus filhos), também já somos amigos!!!

Episódios de Sanatório III

2ª Feira,
O bloco de Loures estava mais agitado do que o costume, não só era 2ª feira como, coincidia ainda, com a entrada de novos doentes.
Idalina, Francisca e Madalena encontravam-se na sala de arquivo a passar folhas de umas pastas para outras, numa deixavam uma folha assinalada com os documentos que tinham tirado de lá, na outra arquivavam os documentos que tinham tirado da outra pasta, (a terapia da repetição visava que as mesmas tivessem, pela monotonia da tarefa, tempo de reflectirem nas suas doenças e depressões e, talvez com isso, melhorarem).
A porta dos fundos abriu-se e apareceu Célia Coquete, vieram mais tarde a saber o seu nome, enquanto tentava equilibrar o cigarro na boca, Célia segurava numa mão um fio de nylon e pendurado no outro braço trazia um enorme saco com missangas de várias cores que ia enfiando no fio.
Célia atravessou o corredor ignorando as outras raparigas e desapareceu, atrás dela um longo fio enfiado com missangas “perseguia-a”, felizmente o tempo que a porta dos fundos levou a fechar sozinha permitiu que o fio não ficasse preso na mesma…
3ª Feira,
Jesus Cristo comenta com Joaquim Marinho que Porfírio Relva não apareceu para trabalhar:
- Que se passará com aquele rapaz?!!! Outra vez a dor no pescoço?!!! Apanhou uma piela?!!! Foi atrás de uma namorada?!!!!
Joaquim Marinho comenta:
- Tenho medo que esteja a ficar louco, acabou de sair uma noticia nas Manchetes do Dia que, depois de terem sido praticamente abandonados na década de 70, os impulsos eléctricos voltaram a ser usados nos principais hospitais do País para tratar doentes psiquiátricos, sobretudo nas depressões graves, felizmente o tempo está-nos a dar razão, ainda bem que nunca abandonámos essa prática!!! Vamos a ver se o Porfírio não vai precisar, também tanto tempo a lidar com malucos... Já te contei aquela história do velho da minha aldeia que chega a casa e…
Jesus Cristo que já ouvira essa história umas cem vezes vira costas e reclama:
- Já não há cura e depois o louco sou eu!!!!

Joaquim Marinho vendo Jesus Cristo a ir-se embora vira costas e diz:

- Vou arranjar o ar condicionado de Adriano Castelo!
Rita Rosmaninho surge no corredor, cruzando-se com Célia Coquete e o seu fio interminável de missangas, e vai dizendo em voz alta para fixar:
- O realizador dos filmes Indiana Jones é Steven Spielberg. Num grupo para almoçar uma senhora nunca se senta na ponta da mesa sozinha, não fica bem. Se puder pedir bolachas às minhas colegas não como das minhas e assim consigo poupar.
4ª Feira,
Gustavo é interrompido no seu gabinete por Patrícia Silva, Patrícia fecha a porta abruptamente. Na mesa redonda perto da porta pousa um gravador pequeno e põe uma música a tocar. Gustavo começa com suores frios, Patrícia é uma rapariga bastante “abonada” e as roupas provocantes que usa em nada a favorecem.
Patrícia trazia umas calças brancas, meio transparentes, apertadinhas com as banhocas a “vomitar” por fora que deixam delinear a cueca fio dental rosa choque, para cima uma blusa cetim castanha bastante apertada com as mamocas a “vomitar” para fora, a completar umas sandalocas de 15 cm.
Patrícia começa a dançar, primeiro descalça-se, depois desaperta a blusa e as mamocas, comprimidas até então, tomam um novo volume. Gustavo está com medo que alguém veja a cena através do vidro da porta do gabinete mas, felizmente, ninguém passa. Já só falta a tanguinha, Gustavo quer interromper aquela cena mas sente-se incapaz de proferir qualquer palavra, de repente ouve a voz de Patrícia Silvia muito ao longe, como se ela não estivesse ali à sua frente, a gritar:
- O meu filho não tem pai!!!
Lote F responde:
- Toda a gente tem pai e toda a gente sabe, nesta casa de saúde, que o pai do teu filho é Gustavo!!!
Gustavo acorda, a camisa suada e o cabelo despenteado deixam adivinhar o tamanho do seu pesadelo, “Será que alguém descobriu?”, pensa.
5ª Feira,
Idalina, Francisca e Madalena regressam ao bloco principal, desta vez à 5ª feira por ordem de Lizandro que, os outros dias da semana, tinha estado de férias.
Contudo Lizandro, nesse dia, não lhes prestou qualquer atenção, mais alterado do que o costume quando algo não lhe corria na perfeição, Lizandro corria todos os andares do sanatório, praguejando e inquirindo ao mesmo tempo:
- Quem me roubou os meus livros de Kamasutra originais que comprei numa feira na India durante as minhas férias?!!!! Vou mandar pôr câmaras de vigilância para cada um de vocês!!! Ladrões!!! Malucos d’um raio!!! Vou matá-los a todos!!!!
Ao fim do dia Lizandro fechou-se no seu gabinete e todos estranharam deixar de o ouvir, Lizandro tinha acabado de se lembrar que tinha deixado os livros em casa de uma louraça que tinha conhecido na noite anterior no Twins e que não fazia ideia quem era nem se lembrava onde ficava a sua casa.

6ª Feira

Idalina, Francisca e Madalena regressam ao bloco de Loures, os gritos de Lizandro do dia anterior ainda lhes soam nos ouvidos.

Francisca para tentar afastar os pensamentos do dia anterior começa por contar às suas colegas que aderiu ao Facebook e já tem muitos amigos, Idalina fica enervada:

- Eu não trabalho com computadores!!!!

Madalena sente-se irritada:

- E ainda não me enviaste um convite para ser tua amiga?!!!

Frases feitas II

"- Aquilo é que é gente boa!!!"
"- O Mr. M. fartou-se de gozar com a Musa mas teve que lá ir pôr as suas mãozinhas!!!"
"- Tudo tem a sua altura, ou é naquela altura ou já não é!!!"
"- A carne é fraca!!!"
"- Se ele aparecer aí eu mato-me!!!"
"- Vai à igreja tem a mania que é cristão!!!"
"- Montes de cinzeiros, no fundo gostam todos muito uns dos outros mas estão a ver quem é que morre primeiro!!!"

Acusaram-me de estar sempre com "trocadilhos intelectuais" e de ser pouco explícita! Então, vou dar uma ajudinha (a quem já se esqueceu das aulinhas de filosofia)...

Nihilismo: É a desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade e de resposta ao “porquê”. Os valores tradicionais depreciam-se e os "princípios e critérios absolutos dissolvem-se". "Tudo é sacudido, posto radicalmente em discussão.

Silly ("Nihil") Season

Laura: ... como podes ver, não sei onde é que tinha a cabeça! Demasiado alcoól... nunca soube quando parar... o que vale é que estava sempre com os meus primos e amigas da minha irmã... tive lapsos de memória!
Rui: Então continuas igual! Já não nos viamos há 5/6 anos... Sempre foste dada a excessos!
Laura: O quê!!!!!!! Não é verdade... sempre fui muito responsável... dentro das loucuras que me aconteciam! Mas é um íman, só atraio situações freaks e casos psiquiátricos!
Rui: E os teus pais, como reagiram?
Laura: Mandaram-me falar com um psicólogo! "Se andas deprimida, procura ajuda, já que não falas connosco!" Mas falar o quê, não há nada de concreto... as pessoas, mesmo as que gosto, irritam-me, enquanto falam, desligo, fixo-as mas não as ouço, para evitar fugir dali, juro mentalmente que já não quero mais estar com esta ou aquela pessoa... no dia a seguir arrependo-me, lembro-me das suas qualidades.
Rui: Acontece a todos!
Laura: Há dias em que me sinto eufórica e super feliz, no dia a seguir estou deprimida...
Rui: Sempre foste assim!
Laura: Desequilibrada?!? E tu, conta-me tudo?
Rui: Macau é muito pequeno, toda a gente se conhece! O que vale é que em 3 horas estou na Tailândia e aos fins-de-semana vou para Hong Kong. Estou a pensar arrendar lá um apartamento com uns amigos, para termos onde ficar sempre que lá formos. Gente muito louca, música electrónica... noise!
Laura: E hobbies, ainda és Dj?
Rui: Cenas pequenas, em festas, quando tenho tempo, trabalho muito, o escritório é do meu irmão, faço tudo: consultadoria para seguradoras e tribunal! Os Dj' s em Macau passam música muito comercial, em Hong Kong é diferente, muitos estrangeiros e noise japonês!
Laura: Japoneses na China...
Rui: Mas, não fiques assim a olhar para o vazio...
Laura: ... falta-me sempre qualquer coisa... estou sempre insatisfeita... Quase me apaixonei!
Rui: Quando é que isso foi?
Laura: Há 3 meses...
Rui: Depois do outro que eu conheci há 5 anos?
Laura: Sim. Vou retomar a Meditação e o Yoga... tenho é que me manter fiel àqueles princípios... Fui experimentar o Holmes Place, mas parece que as pessoas vão "desfilar" para os ginásios, é só engate! Preciso de paz e serenidade... A que horas é o teu avião amanhã?
Rui: Às 14.
Laura: Fui fotografada abraçada a uma espanhola parola que andou com o Cristiano Ronaldo, quando dou por mim já tenho os seus pequenos bracinhos à volta da minha cintura e a fazer "boquinhas"! Sabes como sempre fui demaiado crítica com este tipo de situações... foi castigo!
Rui: Pois é, o Afonso disse-me que andas em "festas da alta" com cocaína!
Laura: What!!! Vocês passam-se... como é que ele soube... não é verdade! Foi tudo nas férias... Acho que os portugueses estão cada vez mais bonitos! Homens e mulheres... no Faces, em Vilamoura, parecia que de repente tinha entrado numa festa de agência de modelos, mas nesse dia até nem era... Já numa festa da Vogue em Portimão, apercebi-me que muitas miúdas modelos tinham tomado "comprimidos", não conseguiam parar e só se riam... e o ambiente não estava tão "giro"... até às 4 h... a partir daí tudo me parecia diferente! Vi fotos que o meu primo me tirou... não sei porque é que subi para uma mesa, mas daquelas baixinhas, acho que ía pousar um copo... AHAHAH! E só ria... O pior era o dia a seguir... Discuti com a minha mãe porque ela ainda não percebeu que eu não almoço em férias, ou fins-de-semana, ou quando acordo tarde... mas não, tinha que me acordar às 12.45 para estar às 13 h à mesa! Vives sozinho lá?
Rui: Claro!